quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Evangelho quentinho do dia com o pe. Herculano,scj

1° Leitura:“Vendo Deus as suas obras de conversão e que os ninivitas se afastavam do mau caminho, compadeceu-se e suspendeu o mal, que tinha ameaçado fazer-lhes, e não o fez” (Jn 3,1-10).
Salmo: “Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!”(Sl 50).
Evangelho: “Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas.  E aqui está quem é maior do que Jonas” ( Lc11,29-32).
Reflexão: O católico que livremente optou por seguir Cristo como razão de sua vida, ultrapassando a lei e os costumes, encontra-se em profunda conversão. Tal dinamismo de cristificação da nossa personalidade na quaresma adquire um aprofundamento maior porque em confronto com a Palavra nos propomos  a um exame de consciência cujo objetivo  é o nosso aperfeiçoamento em colaboração  com o Espírito que gera em cada um de nós os traços do novo Adão, Jesus Cristo.

Seguir Cristo para Paulo é muito mais  que um conhecer intelectual de sua pessoa e de sua doutrina. Não há nenhuma metáfora humana que possa explicar o conhecimento existencial do Senhor. Ele é único. É a atualização da redenção  realizada em Cristo, atualizada pelo Espírito em cada coração que busca a  comunhão com o Senhor. É Cristo revelando sua sabedoria, seu amor, sua vida no mais profundo do coração do homem. Este conhecimento de Cristo para Paulo é o máximo que  o Católico pode aspirar, ter dentro de si a experiência do amor redentor de Cristo.

Em relação a este mergulho do amor de Deus  Paulo relativizou toda experiência humana como também suas conquistas intelectuais e políticas. Seguir Cristo é muito mais que imita-lo. É identificar com seu ser e com seu agir como um homem totalmente voltado para o Pai e para os homens ao sabor da ação do Espírito.

A conversão que um dado fundamental da fé Católica, consiste em ser tão humano como foi Jesus. Nossa conversão aos doentes é uma atitude qualificada. Para ver Deus em cada doente primeiro precisa fazer a experiência de ser conhecido pelo próprio Deus”
Pe. Herculano, scj

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Evangelho do dia com o pe. Herculano,scj

1° Leitura:“A Palavra que sair de minha boca, não voltará para mim vazia” (Is 55,10-11)
Salmo: “O Senhor liberta os justos de todas as angústias”(Sl 33).
Evangelho: “ Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” ( Mt 6,7-15).

Reflexão: “Dentro da Igreja ou fora da mesma, confrontamos com a realidade humana de cada um. Sozinho em nossos quartos, as paredes são frias, não dizem nada apenas estão aí. Quando abrimos a porta defrontamos com os que convivem conosco e com os demais da comunidade onde vivemos. E as conseguências inconscientemente surgem provocando uma revolução interior. A presença do outro me joga para fora de mim mesmo, me provoca ao crescimento pessoal, estimulando a galgar patamares antes desconhecidos de nossa personalidade e a gerenciar a própria história. Mas como temos um coração dividido a presença do outro traz também para o exterior nossa história ferida, causando conflitos pessoais e comunitários. Projetamos sobre o outro as experiências passadas. É um limite humano que todos nós precisamos trabalhar. Aqui ninguém pode dar de vítima porque esta experiência é comum a todos. Enquanto acolhemos este limite e o trabalhamos na reflexão e na abertura o perdão se faz presente”.

Pe. Herculano, scj

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Evangelho do Dia com o pe. Herculano,scj

1° Leitura:“Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,1-2.11-18).
Salmo: “Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida!”(Sl 18).
Evangelho: “ Todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes” ( Mt 25,31-46).

Reflexão: “A fé católica, impulsionada pelo Espírito, é um dinamismo de personalização segundo a estrutura da personalidade de Jesus. Durante a Quaresma somos chamados a aprofundar este dinamismo personalista na Pavra do Mestre. É um retiro de quarenta dias onde intensificamos o mergulho na morte e ressurreição do Senhor. Morte e ressurreição são faces de uma mesma medalha que vivenciamos a partir de nosso batismo onde fomos inseridos pela ação do Espírito.

Este mistério de redenção abrange quatro dimensões. Acima de tudo o meu relacionamento com Deus. É a partir da experiência de Deus é que nossos olhos se abrem para o próprio Deus e seu plano de salvação para o homem que Ele tanto ama. Em seguida a pessoa em si mesma, o outro e o cosmo.

O Evangelho de hoje focaliza o outro em nossa sociedade. O outro excluído,o outro que passa sede e fome, que não tem o que vestir, abandonado na prisão, na solidão de um hospital, o outroque bate à nossa porta a procura de um abrigo. São homens e mulheres que estão em situaçção infra-humanas e que precisam ser conduzidas a partilha do bem comum.

Para que esta mudança ocorra é preciso levar os homens que têm em mãos a gerência do bem comum ao conhecimento experiencial de Cristo. Vimos por longo tempo que a conscientização dos direitos humanos não muda a mente de ninguém. Em quanto não acontecer a profecioa de Ezequiel onde um coração de pedra será transformado em um coração de carne pela presença do Espírito, nossa sociedade continuará cometendo injustiças. Cabe aos católicos convictos de sua opção pelo Cristo mudar o rumo destas estruturas dando a cada homem dignidade e sabedoria.

 Pe. Herculano, scj

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Evangelho Dominical: Quaresma, tempo de entrar dentro de si

Quaresma é tempo de conversão, de procurar a face de Deus, de mudar de vida, de progredir no caminho que leva a perfeição.

Quando eu era criança, tinha pavor da quaresma, medo mesmo, porque na cultura mineira, naquele tempo, quaresma era o tempo do lobisomem. E mineiro levava esta estória a sério! Tanto é que na minha familia corria a estória que a minha avó, em uma das suas 13 gravidez, na quaresma, foi assediada uma noite inteira por um lobisomem que rondava a casa! Na quaresma, todo mundo ficava dentro de casa por medo do lobisomem.

Hoje, o tempo de quaresma também nos convida a ficar dentro de casa, mas da nossa casa interior onde está o nosso coração. Não mais por medo de lobisomens, mas para estar forte diante das tentações do mundo e não cair nas armadilhas do inimigo.

Ficando dentro da nossa casa interior, procurando conhecer-nos a nós mesmos, avaliando o nosso comportamento e nossas atitudes, o tempo da quaresma nos permite fazer uma profunda avaliação da nossa vida e da nossa caminhada, emfim, da nossa existência até aqui.

No evangelho deste domingo ouvimos que, Jesus, depois de ser batizado e antes de começar a sua vida pública, foi impelido ao deserto pelo Espírito Santo e ali foi tentado pelo inimigo, convivendo em meio as feras e sendo servido pelos anjos. Os estudiosos da bíblia explicam que o fato de Jesus estar em meio as feras e o serviço que os anjos prestam a Ele, indicam o paraíso perdido pelo pecado de Adão e Eva. Agora, é como se Deus quisesse começar tudo de novo, do início, com Jesus, o novo Adão.

Atenção: o evangelho nos mostra que até Jesus sentiu a necessidade de ficar dentro da sua casa, ou seja, de fortalecer o seu íntimo confrontando-se com a tentação, com o inimigo. Com certeza, Jesus saiu fortalecido do deserto. Quando Ele, Jesus, se confronta com a tentação e não cede, sai fortalecido para a sua missão. Jesus encontra forças na profunda introspecção que faz. É no seu íntimo mais íntimo que Jesus encontra forças para dar conta da sua missão. Dentro de Si, Jesus encontra o PAI que nunca o desampara e encontra o ESPÍRITO, que o impulsiona.

Entrando no deserto, Jesus entra dentro de Si mesmo. Na luta árdua com o adversário que desejava a sua total perdição, Jesus se fortalece ainda mais. A quaresma de Jesus foi um profundo combate espiritual. E nós?

Também para nós hoje, a quaresma deve ser tempo de profunda avaliação de vida. Que também nós possamos afrontar as muitas tentações e sair fortalecido delas. Entremos em nossa casa, não por medo do lobisomem, mas para nos proteger das armadilhas do adversário. A quaresma deve ser um tempo para repensarmos a nossa vida. Deveríamos colocar no pescoço uma plaquinha: “Fechado para balanço”, e assim mergulhar, rever nossa vida, conhecer nossos pontos fracos e nossa fragilidades. Aproveitar o mergulho e tirar do coração toda a dor, ressentimentos, mágoas, enfim, confrontar-se com o adversário e , deste combate, sair fortalecido!

É claro que não posso ir sozinho para este combate, assim como Jesus não foi. No deserto, Jesus estava amparado por Deus. Geralmente, as grandes batalhas da nossa vida, nós as enfrentamos sozinhos. Mas, na verdade, não estamos sozinhos, o amor de Deus nos ampara. É isto! Tempo da quaresma é tempo de se voltar para o coração. O Homem, que foi até a lua, tem uma enorme dificuldade de chegar dentro de si mesmo. E não deveria ser assim... 

Seja no trânsito caótico ou no ônibus lotado, faça a experiência. Mergulhe dentro de você. Faça silêncio para escutar a sua voz interior. Se você continuar a fazer tudo o que estava fazendo até agora, a quaresma não acontecerá e você perderá o tempo da Graça. Mas tenha coragem e dê o primeiro passo: é assim que se começa as grandes caminhadas.

Tenha um domingo abençoado!
pe. Gil, scj

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Evangelho do Dia com o pe. João Carlos,scj

1° Leitura:“Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa; à frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá” (Is 58,1-9).
Salmo: “Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!”(Sl 50).
Evangelho: “ Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão” ( Mt 9,14-15).

Reflexão: “O jejum é um dos exercícios que o cristão tem ao seu alcance para exercitar-se na vida cristã, na vivência do Evangelho, no seguimento de Jesus. A passagem do homem velho ao homem novo muitas vezes exige violência, ou pelo menos disciplina, renúncia, escolha. Sendo assim a prática do jejum torna-se uma escola para cada cristão. Sabeis qual é o jejum que Eu aprecio?” diz o Senhor Deus: “é repartir o teu pão com o faminto, dar abrigo aos infelizes sem teto, vestir o nu, quando o vires, e não desprezar nunca o teu irmão” (Is 58, 6-7)”.

 Pe. João Carlos, scj

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Evangelho do dia com o pe. João Carlos,scj

1° Leitura:“Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e os teus” (Dt 30,15-20).
Salmo: “É feliz quem a Deus se confia!”(Sl 1).
Evangelho: “ Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me”( Lc 9,22-25).
Reflexão: “O sofrimento do Filho do homem tem a haver com o cumprimento da vontade de Deus. A vontade de Deus não é nenhum arbítrio caprichoso. Mas deve ser entendida à luz do seu amor louco por nós. Jesus deve morrer na cruz não porque o Pai precise do sangue de sangue ou vingança. Jesus deve morrer na cruz porque nós estamos na cruz e o Pai, louco de amor por nós, vai nos dar o que ele tem de mais precioso, o Filho, para tirar-nos da cruz”.

Pe. João Carlos, scj

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Evangelho do Dia com pe. João Carlos, scj

1° Leitura:“Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes;e voltai para o Senhor, vosso Deus” (Jl 2,12-18).
Salmo: “Piedade, ó Senhor, pois pecamos contra vós!”(Sl 18).
Evangelho: “ Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto”( Mc 9,30-37).

Reflexão: “Hoje quarta-feira de cinzas inicia a quaresma e o Evangelho nos ensina as três práticas fundamentais da quaresma: esmola, oração e o jejum. Tais práticas definem nossa relação com o outro (esmola), com Deus (a oração) e com as coisas (jejum). Aqui podemos definir a vida do cristão e nela realizamos a vontade de Deus em nossa vida ou ruímos como a casa construída sobre a areia.”.
Pe. João Carlos, scj

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Evangelho do Dia com o pe. João Carlos,scj


1° Leitura:“Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará”.(Tg 4,1-10)
Salmo: “Confia teus cuidados ao Senhor.”. (Sl 18)
Evangelho: “ O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens e eles o matarão,mas, três dias após a sua morte, ele ressuscitará”. ( Mc 9,30-37)

Reflexão: O Evangelho de hoje é uma profecia da morte-ressurreição de Jesus. Fica claro que os próprios discípulos ainda continuavam surdos e não compreendiam as palavras de Jesus. E enquanto não fazemos uma verdadeira experiência da palavra estamos presos a sentimentos egoístas e não envolvidos no espirito de humildade que é próprio de Jesus.

Pe. João Carlos, scj

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Evangelho do dia com pe. João Carlos, scj

Primeira Leitura: “Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más”. (Tg 3,13-18)
Salmo: “O ensinamento do Senhor é correto, alegria ao coração”. (Sl 18)
Evangelho: “Tudo é possível para quem tem fé”. ( Mc 9,14-29)

Reflexão: O evangelho de hoje nos ensina que não somente Jesus, mas toda comunidade dos discípulos pode engajar na Sua luta contra o mal. E a única forma e caminho é o da oração que nos conduz a libertação da incredulidade, e assim termos condição de nos colocar a serviço da comunidade. Que hoje nossa fé seja robustecida da gratuidade do dom da fé.

Pe. João Carlos, scj

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Evangelho Dominical: Vamos ajudar a animar a Festa no Céu!

O evangelho do domingo passado narrava um dos milagres mais prodigiosos de Jesus: a cura do leproso. Ouvimos como a pele, antes atacada pela podridão transformou-se em uma pele lisa, bela, fresca, uma pele de bebê. Jesus havia pedido para o homem miraculado que não dissesse nada a ninguém. Mas aquele homem, totalmente renovado, não conseguiu manter no seu coração aquele segredo maravilhoso. Resultado: saiu contando para todo mundo a maravilha do seu encontro com Jesus.

Por isso, o evangelho deste domingo começa narrando que, a casa em que Jesus se encontrava (que certamente era a casa de Pedro, em Cafarnaum) estava lotada de gente, era gente para todo o lado. Por isso então quatro homens, se esforçaram para fazer um buraco no teto e ali passar a cama em que deitava o  paralítico que ansiava em ver Jesus, para que assim ele também fosse agraciado com um milagre.

O esforço que aqueles quatro homens fizeram não passou despercebido a Jesus. Fazer um buraco no teto? Fazer passar uma cama sem deixar o paralítico cair? Quanto esforço! Quanta fé! Jesus se admira! E elogia a fé deles. Estes homens nos ensinam que nossa fé deve ser ativa! Se eles tivessem uma fé passiva (patética, em grego), deixariam o paralítico fora da casa e este nunca veria Jesus e o milagre não aconteceria! Nós também devemos esforçar-nos, fazer a nossa parte para que o milagre possa acontecer em nossa vida! Não devemos e não podemos, em hipótese alguma, nos acomodar em uma fé passiva, uma fé patética.

O evangelho traz um outro ponto muito importante. Jesus primeiro perdoa os pecados do Paralítico e depois o cura da sua paralisia. Aqui, como no caso do leproso, estas enfermidades não suscitavam compaixão nas pessoas, pois se pensava que aquelas enfermidades eram frutos do pecado. Por isso Jesus primeiro perdoa os pecados (elimina a causa) para depois curar a enfermidade (eliminando assim o efeito). E quando Jesus perdoa os pecados daquele homem, curando-o,  faz surgir um grande ódio no coração dos fariseus que estavam ali presentes, pois agindo assim, Jesus se colocava como Deus, pois só Deus é capaz de perdoar os pecados, o que para os Fariseus era uma blasfêmia sem tamanho. Esta será uma das acusações que os Fariseus farão para condenar Jesus à Cruz.

Jesus perdoa os pecados do Paralítico e assim o livra do mal. Devemos fazer um grande esforço, também nós, para nos libertarmos da escravidão do pecado e assim estarmos longe do mal. O mundo conteporâneo vive como o se o pecado não existisse. Muitas pessoas vêem até nós, querendo se confessar, mas ao mesmo tempo dizendo que não sabem o que é pecado! Ou se pecaram! Se eu não me engano, o Papa Paulo VI dizia que o grande mal do mundo moderno foi ter perdido a noção de pecado. Se eu não sei o que é pecado, porque devo confessar-me? É nesta hora que o inimigo faz festa!

O pecado apareceu no mundo quando Adão e Eva foram levados a desobedecer Deus, seduzidos pelo inimigo, o anjo destronado. A Igreja ensina que este anjo anteriormente era bom por natureza, mas tornou-se mau por sua própria iniciativa, tornando-se assim inimigo de Deus e dos homens. Ele é pecador deste o princípio e pai da mentira. É ele o responsável por todo o mal no mundo.

Pois bem: com a queda de Adão e Eva o mal entra no mundo.E aqui podemos classificar três tipos de mal: O mal metafísico (não estamos nunca realizados em nosso íntimo mais íntimo, estamos sempre a procura de algo), o mal moral ( os pecados da concupiscência, frutos da carne) e o mal físico ( as dores e as enfermidades). Por isso hoje, mais do que nunca temos que estar vigilantes em relação ao pecado. Não fazer o jogo do inimigo, não deixar que façam festa no inferno por causa da nossa fraqueza. Quantas vezes fomos responsáveis por verdadeiras festanças no inferno por causa do nosso comportamento pecaminoso. Temos que ajudar, isto sim, a ter festa no céu, que acontece cada vez que nós conseguimos ser fortes diante da sedução do pecado, do inimigo.

O mundo de hoje não se reconhece pecador. Basta ligar a TV e ver os BBBs da vida e agora o Carnaval. Parece que está tudo liberado e pode-se fazer aquilo que dá na telha. A grande armadilha do mundo é fazer-nos acreditar que basta uma vida prazerosa para que nós nos sintamos realizados. Ledo engano! Tantos prazeres que levam a morte e nós conhecemos tantos deles! Mas a vida que conduz a felicidade, esta é mais dura, mais difícil, é sacrificada, mas é a única que dá uma felicidade verdadeira no coração. Felicidade rima com Santidade. Vamos lá , com coragem , enfrentar o caminho da santidade, para que assim nossa felicidade esteja garantida. O Senhor, que perdoa os nossos pecados está pronto para operar maravilhas em nossa vida. E assim nós também poderemos dizer como disse o povo no final do evangelho: “ Nunca vimos uma coisa assim”.

Pe. Gil


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Reflita o evangelho deste sábado com o pe. Daniel, scj


1° Leitura: Da mesma boca saem benção e maldição! (Tg 3,1-10)
Salmo: Com certeza, ó Senhor, nos guardareis! (Sl 11)
Evangelho: “Transfigurou-se na presença deles” (Mc 9, 2-13)

Reflexão: O evangelho de hoje dispensa estórias e introduções. Estamos diante de um dos textos mais lindos da Bíblia. Na transfiguração Jesus se apresenta claramente. Isso aconteceu no alto do monte porque para chegarmos a Ele precisamos ter nossos pés no chão, mas nosso coração na eternidade (no alto). Depois da Encarnação do Verbo nada mais precisa ser revelado. Quem busca revelações, adivinhações, palavras mágicas na Bíblia e superstições, poderá ouvir do Pai: “Se já te disse todas as coisas através da minha Palavra, que é o meu Filho, e não tenho outra, que te posso eu agora responder ou revelar que seja mais do que isso? Põe os olhos somente nEle, porque nEle te disse e revelei tudo, e nEle acharás muito mais do que pedes e desejas [...]; ouve a Ele, porque já não tenho mais fé que revelar, nem mais coisas que manifestar”. (São João da Cruz). Com outras palavras, Santo Ireneu disse que Jesus “trouxe toda novidade trazendo a si mesmo”. Leia e medite o evangelho diariamente e você terá o alimento mais saboroso para o seu dia. Caso queira uma vida espiritual mais qualificada e constante reze a Liturgia das Horas -quem não conhece, pesquise na internet e compre - e participe da Santa Missa também durante a semana, para que você o veja mais claramente e suas ações sejam mais cristãs

pe. Daniel, scj.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Evangelho do dia com o pe. Daniel,scj

Evangelho: “Quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho, vai salvá-la”. (Mc 8, 34-9,1)

Reflexão: Como alguém pode perder a vida e ganhá-la? Na lógica comum: quem perde, perde; quem ganha, ganha. Contudo, o valor absoluto, para nós católicos, não é esta vida, mas a vida eterna. Para adquiri-la, precisamos nos consumir e se preciso até “perder a vida terrena”. Alguém pode perguntar: como isso é possível. João Paulo II explicou em Lourdes que isso acontece diante do exemplo de “alguns homens e mulheres, trabalhadores manuais, intelectuais e de todas as profissões que, pelo simples fato de professarem a sua fé, enfrentam o risco de verem privados um futuro brilhante para suas carreiras e estudos” (Francisco F. Carvajal). Olhando para João Batista também podemos ver alguém que ganhou a verdadeira vida. “Se tivesse permanecido calado ou à margem dos acontecimentos nos momentos difíceis, não teria morrido degolado no calabouço de Herodes. Mas João não era como uma cana agitada por qualquer vento. Foi coerente até o fim com sua vocação e com os princípios que davam sentido à sua existência” (Idem). Estes trabalhadores e João Batista perderam status e vida terrena, mas ganharam e ganham cotidianamente a verdadeira vida.
pe. Daniel, scj

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

E a Juventude do Santuário?

Este final de semana continuou sendo intenso para os jovens do Santuário São Judas. Alguns jovens dos nossos jovens participaram de um retiro nacional para músicos aqui São Paulo. O grupo Vivarte nos representou brilhantemente em um Festival de teatro em São José dos Campos. A Comunidade Casa da Juventude retomou suas formações mensais no sábado a tarde. O Ministério Eucarístico continuou com suas atividades normais; assim como a MDJ que havia feito um lindo trabalho na Mauro II no último final de semana.

Merece destaque a reunião da Catequese de Crisma, com a participação de todos os catequistas, para a avaliação e aprovação no nosso Regimento Interno. Ainda tivemos a missa das 11h30 com muitos jovens, com a animação da Banda Promessas, e o retorno das atividades do grupo de dança Anjos da Luz. Agora, permanece o convite para outros jovens integrarem-se em nossos grupos e participarem das nossas atividades.
pe. Daniel, scj

Evangelho do dia com o Pe. Daniel, scj


Primeira leitura: "Mas se fazeis acepção de pessoas, cometereis pecado e a Lei vos acusa como transgressores. (Tg 2, 1-9)
Salmo: "Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido" (Sl 33)
Evangelho: "Pedro respondeu: Tu és o Messias. Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito”. (Mc 8, 27-33).

Reflexão: Um jogador de futebol da atualidade, quando foi vendido para a Europa, atendia seu celular se identificando como aquele que deixava o Brasil para ser o melhor jogador do mundo. Coitado! Não demorou, voltou ao futebol nacional, e atualmente não passa de um jogador fanfarrão e mediano. Ele queria que todos pensassem que ele seria o melhor... Com Jesus é diferente, Ele pede para não se dizer quem Ele é. Mas, por que esconder a sua identidade? É simples. O evangelho de Marcos quer mostrar algo chamado segredo messiânico, ou seja, que cada um deve fazer sua própria experiência de Deus e não basear-se no que os outros sentiram.  Jesus deseja que você encontre-se com Ele e veja algo lindo, inédito e incomparável. Jamais queira ter a experiência de Deus que o outro teve, nem mesmo a dos santos. Reze da sua forma, abra agora o seu coração da maneira que você deseja, com suas palavras, e, neste exato momento, Deus fará algo em sua vida que jamais foi feito anteriormente.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Evangelho do dia com o pe. Daniel,scj


Primeira leitura: "Sede praticantes da Palavra e não mero ouvintes". (Tg 1,19-27)
Salmo: "Senhor, quem morará em seu Monte Santo?" (Sl 14)
Evangelho: “Jesus pegou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado, cuspiu nos olhos dele, colocou as mãos sobre ele, e perguntou: ‘Estas vendo alguma coisa?’ ” (Mc 8, 22-26).

Reflexão:  Jesus cuspiu nos olhos do cego? Como pode... Aprendemos que o cuspe é algo não higiênico. Tive uma colega que vivia cuspindo na rua, andava e cuspia... Aquilo era muito feio! Contudo, na época de Jesus a saliva era considerada como medicinal. Talvez seja por isso que, ainda hoje, algumas crianças (não só crianças...), quando esfolam o corpo, passam saliva no machucado. O evangelho de hoje é uma catequese lindíssima. Nosso Senhor usou a saliva porque aquilo era um costume. Deus quer utilizar as coisas típicas do nosso tempo para nos curar... Ainda mais, fez o milagre depois de levar aquele homem para um lugar onde estariam sós, pois que nos encontrar individualmente. Ainda mais, seguramente Jesus o curou e a única coisa que o ele viu foi o rosto do Senhor. Deus quer nos curar com os meios que existem: nossa família, trabalho, uma boa amizade, um grupo na Igreja... O critério para sabermos se somos curados é simples: quem está curado consegue ver o rosto de Jesus nas coisas cotidianas, até nas mais difíceis. A pessoa doente vê o diabo em tudo, e só fala nele. Ao contrário, o bom católico sabe que “tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus”. (Rm 8, 29).


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ter bondade é ter coragem?


Fiquei de queixo caído quando li no jornal “O Globo” (07.02) que um rapaz chamado Vítor, ao defender um morador de rua que estava sendo linchado por um grupo de jovens, passou a ser barbaramente espancado por estes, a ponto de quase perder a vida. Vitor já é considerado um herói do nosso tempo, pois relativizou um bem maior (a própria vida) em vista de praticar uma grande virtude (defender o fraco). A atitude deste jovem carioca nos mostra que a coragem não é uma virtude em extinção.
A palavra coragem é originada do latim “coraticum” que por sua vez é derivado de cor, “coração”. Isso porque, em épocas remotas, este órgão era considerado a sede da coragem. S. Tomás de Aquino nos ensina que o corajoso tem em si uma firmeza de alma, que o ajuda a suportar e afastar as mais terríveis dificuldades, especialmente perigos graves. Logo, ter coragem é sentir depreender-se de si uma força de ânimo, que faz com que o coração não se atemorize com o perigo e afronte assim riscos consideráveis. Um divertido provérbio italiano diz: “Quem não tem coragem, tenha pernas!”. Isto porque o corajoso domina o seu medo e enfrenta o perigo.

Eis aqui o ponto: ter coragem não significa não ter medo. Certamente, Vítor sentiu muito medo ao enfrentar aquela gang furiosa, mas não deixou que o medo o paralizasse. Ter coragem é ter a capacidade de agir, não obstante o medo. As pessoas corajosas sentem medo sim, mas não permitem que o medo as domine. Elas reconhecem, aceitam e enfrentam o próprio medo, ainda que este as aterrorize. Mas é aí então que elas adquirem sempre mais coragem, como em um círculo virtuoso: quanto mais enfrentam o medo, mas ganham coragem para enfrentar os obstáculos inerentes à vida humana.
Roberto Saviano, um jovem italiano, vive atualmente vigiado 24 horas por dia pelos Carabinieri (a polícia italiana), pois foi jurado de morte pela Camorra, a temível máfia napolitana. Isto tudo porque teve a coragem de denunciar o grande mal que esta organização criminosa faz ao seu povo e à sua região (sul da Itália). Ele desnudou de forma excepcional, os meandros da Camorra e seus tentáculos corruptores na Itália. Sua denúncia transformou-se em um livro intitulado “Gomorra” que já vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo mundo, traduzido em 54 línguas e transformado em um filme muito premiado, sendo inclusive exibido aqui no Brasil. Salviano comprometeu a sua liberdade de ir e vir, mas ajudou a lançar luz para uma praga que aflige o seu povo.

Vitor e Salviano são dois exemplos de coragem não só para a juventude, mas para todos nós. Eles nos mostram que coragem não é ausência de medo, mas sim a consciência que na vida existe algo maior e mais importante que o medo.
pe. Gil

Evangelho do dia com o Pe. Daniel, scj


Primeira leitura: "Feliz o homem que suporta a provação". (Tg 1,12-18)
Salmo: "Bem aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei" (Sl 93)
Evangelho: "Tomai cuidado com o fermento dos fariseus..." (Mc 8, 14-21)

Reflexão: Ainda recordo-me que quando eu era criança minha mãe à tardinha fazia saborosos pães de mandioca. Logo pela manhã ela batia a massa e depois a colocava ao sol. Parecia um milagre, mas depois de ir ao formo aquela massa insignificante tornava-se um saboroso alimento. Um dia aprendi que o segredo estava no fermento...

O fermento transforma a massa por dentro. É ele quem dá vida e transforma a massa em pão. Todos nós temos algo que dá vida às nossas ações.  Toda alma tem, analogicamente falando, um fermento que a impulsiona. Podemos ter o fermento de Jesus ou dos fariseus. Para sermos como Jesus, precisamos rezar como Ele, sendo preciso até de madrugada. Pois, “a certeza que o hábito da oração infunde em nós é mais forte que a que resulta dos raciocínios, ainda que sejam da mais alta teologia” (Jacques Philippe).

Aproveite este instante, faça uma breve prece, tenha o fermento do amor e enfrente este novo dia amando como Jesus amou.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Evangelho do Dia com pe. Daniel,scj

Primeira leitura: "Meus irmãos considerai as provações motivo de alegria (Tg 1,1-11)
Salmo: "Venha a mim o vosso amor e viverei" (Sl 118)
Evangelho: " A esta gente não será dado nenhum sinal" ( Mc 8, 11-13)

Reflexão: Uma mulher que trabalhou voluntariamente durante vários anos em uma obra que cuida de pessoas que contraíram o vírus HVI deu seu lindíssimo testemunho, e depois ouviu o seguinte questionamento: “... você já viu algum milagre naquele local?” Logo pensei, até parece que para creditar uma obra é preciso algo extraordinário...

Os fariseus também pediram algo miraculoso para acreditarem em Jesus. Sem demora ouviram da sua boca que não lhes seria dado nenhum milagre (sinal). Para quem quer milagre para acreditar, cito as belas palavras de São Bernardo de Claraval: “a razão de se amar a Deus é Deus mesmo e a medida de amá-lo é amá-lo sem medida”.

Siga a Deus pelo milagre que Ele realiza diariamente na sua vida. Graças a Ele você persevera na fé e lutará toda está semana para ser um bom cristão. Sem dúvida, quem vive fielmente o cotidiano já vive de forma extraordinária e já é um milagre. Quer mais? Quer outro milagre? Vá à missa (local do milagre do pão que se torna Corpo e do vinho que se torna Sangue de Cristo)!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Missa de Domingo: O Deus da parte dos impuros!


Na missa deste domingo, a mensagem da primeira leitura tem tudo a ver com a mensagem do evangelho. Podemos considerar a primeira leitura uma questão ( a enfermidade que vira a vida de cabeça para baixo) e o evangelho como resposta a esta questão ( Jesus que cura todas as enfermidades). De fato, na primeira leitura nos é explicado como a pessoa deveria ser (mal) tratada caso viesse contrair a lepra. Um mal que aterrorizava naquele tempo! A lepra era considerada uma maldição divina, e se alguém estivesse com o mal da lepra era porque este alguém havia cometido um pecado e por isto, merecia ser punido. Ninguém sentia compaixão pelo leproso, pois pensava-se que ele estava tendo a paga que merecia por seu pecado.
O leproso perdia tudo! Perdia o contato das pessoas que amava, pois a lei dizia que ele devia ficar afastado de todos, banido da cidade. Devia vestir trapos de roupas, estar com os cabelos desgrenhados, com a cabeça descoberta. Ou seja, a sua vida se transformava em um trapo. Não havia por alí nenhum cuidado sanitário para suas feridas, pelo contrário, ninguém deveria tocar nele. Caso tocasse, se  tornava também impuro. E além de tudo isto, o leproso devia sempre andar gritando: sou impuro, sou imundo, alertando as pessoas para que não se achegassem. Eis aqui a terrível vida de alguém que contraia a lepra. Este alguém era a personificação da maldição. Era uma maldição ambulante! E no evangelho de hoje, é esta pessoa execrada que procura Jesus.

A primeira leitura nos traz o modo do agir de Deus no Antigo Testamento e o evangelho nos traz o modo de agir de Deus no Novo Testamento. Poderíamos perguntar: Temos então dois deuses? É evidente que não, pois Deus é um só, Ele não muda, pois se mudasse não seria Deus. O que muda é a forma que Jesus nos ensina a olhar para Deus. Um grande teólogo espanhol escreveu um livro cujo título é :“Do terror de Issac ao Abbá de Jesus”. Segundo sua teoria, a idéia de Deus do Antigo Testamento representa um terror para o pequeno Issac, já que Ele (Deus) ordenou o seu sacrifício (de Issac); já a idéia de Deus do Novo Testamento é a de um Deus que é Pai, o próprio Jesus ensina a chamá-lo de Paizinho. Deus mesmo não muda, o que muda é a percepção que nós temos sobre ELE. Por isso somos convidados a conhecê-lo cada vez mais.

O leproso do evangelho não vem identificado, é um anônimo (e neste caso, quando o evangelho apresenta um anônimo, podemos considerâ-lo como se fosse cada um de nós). O leproso perdeu tudo, menos a sua fé em Deus. Se joga de joelhos, porque reconhece Jesus como Rei, como filho de Deus e grita; “Se queres tem o poder de curar-me”. O leproso se agarra a vontade de Deus: “Se queres...” O leproso sabe que a vontade de Deus é nos fazer todo bem, nos dar a felicidade, nos dar  a paz. E o leproso confia nesta santa vontade divina.

Jesus, cheio de compaixão, reconhece o sofrimento do leproso, não é indiferente a ele! E Jesus toca no leproso. Que maravilha! Não são as trevas que contaminam a luz, mas é a Luz que abate as trevas! E quando Jesus toca no leproso, ele Jesus torna-se impuro aos olhos da lei, porque a lei dizia que quem tocava em um leproso, se tornaria ele também um impuro. Mas Jesus não tá nem aí, pois sabe que não é ele que se suja ao tocar no leproso, mas sim o leproso que se limpa ao sentir o toque do Senhor.

Podemos imaginar a alegria do Senhor quando a pele do homem, castigada pela lepra começou a ficar lisa como a pele de um bebê. Por isso o homem não obedeceu a Jesus que o mandou ficar quieto, pelo contrário, saiu eufórico, contando aquela maravilha para todos. E todos então passam a procurar Jesus, que por isto, não podia mais entrar em nenhuma cidade.

A concepção de Deus passada hoje na primeira leitura é um Deus que está da parte dos puros. Que isola quem não é puro, Castiga quem não é puro. A concepção de Deus do Evangelho é de um Deus que está junto com os impuros, toca neles, os cura. Não é que Deus suja as mãos com os impuros, mas os impuros é que tornam-se limpos pelo toque de Deus. São Francisco, antes de sua conversão , havia aversão aos leprosos, eles o incomodavam profundamente. A partir do momento que se converte, no primeiro encontro com um leproso, o abraça e beija. Acolhe. Eis o fruto da conversão.

Um jovem carioca salvou a vida de um “leproso” do nosso tempo. Ao ver um grupo de jovens que agredia um morador de rua, ele os enfrentou. Foi agredido também, quase morto. Vítor é o seu nome. Como Jesus, Vítor  tocou na indiferença que muitos nutrem pelos irmãos de rua. E pagou caro por isto. Como Jesus...

pe. Gil




sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Conheça mais a Obra Social São Judas Tadeu


Nossa Obra Social ganhou neste mês de fevereiro a colaboração de novos voluntários.

O Setor de Psicologia acaba de receber o 4º especialista e com isso a fila de espera será agilizada. Outro serviço que será agilizado é o Setor de Odontologia em função de uma parceria firmada esta semana com a Cruz Vermelha. Um dentista voluntário da Cruz Vermelha será enviado para nós. Em contrapartida receberam da Obra Social 50 sacos de roupas (600 Kg) e o apoio em alimentos quando houver necessidade. Outro setor a receber voluntário é o de Orientação Jurídica. Agora são quatro Advogados trabalhando semanalmente.

A Cesta Básica também está contando com duas novas colaboradoras: uma na Área de Informática e a outra na Engenharia de Alimentos. Estamos contando com nova coordenação no Bazar de Roupas da Obra Social.

Este bazar funciona as 2ª, 4ª e  6ª feiras e está sendo coordenado pelas voluntárias Irene e Cely, coordenadoras do bazar da Paróquia há 13 anos. Já o Setor de Artesanato está de mudança. A partir de agora as voluntárias trabalharão e farão as vendas (todo 28) no mesmo espaço - a “quadrinha”.

AJUDE-NOS A AJUDAR. COLABORE COM NOSSA OBRA SOCIAL DOANDO ROUPAS, MÓVEIS, CESTAS BÁSICAS E OUTROS. FAREMOS CHEGAR NAS MÃOS DE QUEM PRECISA!

Eleonora Lickienfels

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Com o LOGO da JMJ relembre o dia em que a Cruz passou aqui no Santuário!


Não posso deixar de dizer, por isto o digo agora!
Foi bastante marcante a presença da Cruz Peregrina e do ícone de Nossa Senhora aqui no Santuário São Judas Tadeu. Tudo aquilo que nós imáginavamos que poderia acontecer, aconteceu em um grau muito, muito maior. Nos padres, em nossas reuniões aqui em casa, sempre ficávamos um pouco reticentes: será que vai dar certo? Será que o povo vem? mas é meio de semana, o povo trabalha, será que... Estávamos , na verdade, subestimando o poder da Cruz!

O grande protagonista de todo o evento foi a juventude. Os jovens dos grupos e os jovens fora deles. Era tocante ver como o jovem abraçava, beijava, tocava e permanecia um longo tempo perto da Cruz, rezando a sua juventude e renovando a sua confiança no Senhor. Para um mundo que prega a ideologia do prazer incansavelmente à juventude, a força da Cruz foi a resposta.

Já na chegada da Cruz grande alegria. Fogos, fogos e fogos! Mas a grande surpresa estava reservada para a missa das 15h, presidida pelo nosso querido D. Tomé. O Santuário completamente lotada, mais de 2000 pessoas! A liturgia da missa viu o empenho dos nossos jovens: na acolhida, no ato penitencial, nas leituras, no ofertório, nas preces, na ação de graças, nos cantos animados pelos jovens seminaristas. Foi demais! No ar, um grande louvor a Deus que na Cruz nos mostra o absurdo do seu amor. E no final, todo o povo de Deus em peso, com um beijo na cruz, deixava público a sua esperança em Deus.

Às 18h, logo após a missa das 17h, também em torno da Cruz e do ícone, e também muito festiva, foi apresentada a Via Sacra. Gente, e que via sacra! O Grupo VIVARTE a representou com quadros vivos onde todos vestiam preto que contrastava com a luz forte, amarela. Foi uma via sacra limpa e dura. Ao mesmo tempo certeira e envolvente. Lembrava Beckett em "Esperando Godot". E olha que todos estes jovens trabalham. Onde arrumam tempo para fazer tudo isto? Oras, quando se ama e faz por amor, tempo aparece.

Já perto da meia noite, depois da tocante celebração presidida pelo Cardeal Odilo - onde comemorou-se o seu aniversário - e também depois do programa ao vivo PHN do Dunga, transmitido ao vivo pela Canção Nova aqui do Santuário, então, depois destes dois momentos também de peso, veio a Vigília da Juventude, que atravessou toda a madrugada. Como Deus é Bom! Como ele se dá com generosidade!!!! O cenário durante toda a madrugada era: a Cruz, Maria, o jovem e o Santíssimo Sacramento. Quantas graças derramadas! São coisas que não tem como descrever...

Ao final, na missa das 7h, a despedida, A Cruz e o ícone de Maria partiram para a outra Paróquia. Para ser RESPOSTA a outros jovens, mas na verdade, não partiram: ficaram no coração da juventude, e de certa forma, levou todos os nossos jovens, com Eles.

Bendito seja João Paulo II, que acolhendo o Espírito, intuiu que a grande força para a Juventude, neste mundo globalizado e informatizado, os dois grandes símbolos para a juventude contemporânea serão: a força que se depreende da Cruz de Jesus e a intercessão materna de Maria!

pe. Gil

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Grupo Jovem "Ministério Eucarístico" no agito: Dentro da Visão!


Neste último final de semana, na Chácara dos Abarés, aconteceu o primeiro Retiro Ministerial do Ministério Eucarístico. Com o tema "Dentro da Visão", essa iniciativa reuniu membros das células de formação do grupo (DESPERTAI, LEVANTE e IDE) com o objetivo de compreender melhor o chamado como organismo particular da Igreja, e a mística que o move: o mistério da Eucaristia e tudo que ela alcança.
ATENÇÃO: Todos os domingos, na Missa das 10h00, o Ministério Eucarístico acolhe jovens de 15 a 30 anos, solteiros ou casados, que estejam interessados em uma profunda experiência humana e espiritual, em uma reunião que acontece após a Missa.  O encontro contou com 33 participantes que juntos tiveram uma bela experiência de oração, partilha, serviço e comunhão.

Pe. João Carlos,scj

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Catequese a todo o vapor!


No último dia 04/02 realizou-se o retiro dos catequistas do Santuário São Judas Tadeu que teve a participação de 23 catequistas, o retiro foi conduzido pelo padre João Carlos,scj que abordou aspectos do documento da CNBB sobre às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil- 2011-2012. O encontro, além dos conteúdos teve aplicação de dinâmicas e estudos em grupo finalizando com Santa Missa. Que todos tenham um frutuoso ano em nossa Catequese.
Pe. João Carlos,scj

Olha a Juventude aí, gente!

Este final de semana foi intenso para os jovens do Santuário São Judas. O Ministério Eucarístico passou o final de semana em retiro na chácara dos Abarés. A Comunidade Casa da Juventude retomou suas formações mensais no domingo pela manhã. O grupo Vivarte passou à tarde de domingo ensaiando para a participação em um festival de teatro que acontecerá no próximo final de semana em São José dos Campos. A Catequese de Crisma continua trabalhando na elaboração do seu Estatuto.

Merece destaque a reunião do Setor Juventude, com coordenadores dos grupos de jovens, que aconteceu no sábado à tarde, para definirmos os responsáveis pelos trabalhos anuais. Ainda, o pe. Daniel, responsável pela animação da juventude, presidiu a missa de domingo as 11h30, que teve ótima participação dos jovens.

Esta semana estaremos em oração pelo festival que o grupo Vivarte nos representará e permanece o convite para outros jovens integrarem-se em nossos grupos e participarem das nossas atividades.

pe. Daniel

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Evangelho de hoje: Jesus cura a sogra de Pedro revelando-se assim ser o Filho de Deus


Trabalhar no Santuário São Judas Tadeu é extremamente gratificante para um padre. Aqui você conhece muitas histórias de vida e percebe a ação milagrosa de Deus na vida das pessoas. Esta semana mesmo,  uma senhora me pediu para que eu abençoasse o seu carro. Perguntei de onde era ela me disse que era mineira, conversa vai, conversa vem, a senhora me contou que cerca de 30 anos atrás ela foi acometida por uma doença gravissima. Os médicos, há 30 anos atrás, lhe deram apenas 3 meses de vida!!!! Eentão ela me disse com um belo sorriso: os médicos dizem uma coisa, mas Deus diz outra! E ela continuava: Padre, por intercessão de São Judas Tadeurecebi este milagre de Deus. Estou aqui firme e forte, 30 anos depois! Mas eu atormentei Deus. E ele me ouviu!
Desnecessário dizer que, ouvindo aquela Senhora, eu ganhei o meu dia, pois somente veio confirmar uma coisa que eu já intuia: nossa fé deve ser teimosa! Devemos acreditar sempre. Fé é você pisar no primeiro degrau, mesmo que não veja a escada inteira. A fé não foi feita para um mundo de certezas,mas foi feita para um mundo cheio de fragilidades. Se vc vive em um mundo certezas, jogue fora a sua fé, você não precisa dela. Mas se o seu mundo é frágil, agora, fortaleça cada vez mais a sua fé em Deus, única solução para a nossa fragilidade.

É disso que o evangelho de hoje está falando: De uma fé teimosa, a ponto de atormentar a Deus, que as vezes se mostra “meio surdo” aos nossos clamores.

Que fato nos trás o evangelho deste domingo? Estamos no capítulo primeiro de Marcos que nos diz que Jesus está iniciando o seu ministério. Podemos imaginar Jesus com a “corda toda”,  sedento para mostrar a que veio. Comunicam a Ele que a sogra de Pedro está doente. Primeira palavra importante. Comunicar! Se não falassem nada para Jesus sobre a mulher o milagre não teria acontecido. É preciso comunicar a Deus nossas necessidades! Nossos angústias! Nossas alegrias! Nossos sofrimentos! Para que assim a ação de Deus se desenvolva em nossa vida.
Deus é companheiro! Entra em nossa casa, vê  a nossa necessidade  e nos pega pela mão. Jesus entrou na casa de Pedro, vê a sua sogra com febre. E esta não era uma febre depois da Dipirona. Mas uma febre antes da Dipirona.  Hoje, com Dirona a febre passa, mas naquele tempo levava à morte. O que para a própria famíla era uma vergonha, pois dava espaços para mexericos que diziam que a mulher estava amaldiçoada ou impura. Mas Jesus a pega pela mão. Pegar pela mão significa reconhecer que o poder vem de Deus. Estamos todos em suas mãos. Significa também que nas horas dificeis devemos colocar nossas mãos, nossa vida, nas mãos de Deus. E naquele mesmo instante ela fica curada a febre desaparece e a mulher, que beleza, pôe-se a servir. Deve ter feito uma bom lanche para Jesus , Pedro,André e Simão. Quer comida melhor que comida de sogra?

 A notícia se espalhou como pólvora  e diz a palavra, “ a cidade inteira se reuniu em frente a casa. Aqui se fala da cidade de Cafarnaum, uma das maiores daquele tempo por ser uma cidade comercial. Depois deste milagre, grande parte das pessoas vão reconhecer a divindade de Jesus e sua filiação divina. E este o principal motivo pelo qual Ele faz milagres pois assim, resgata a esperança do povo que reconhece nele o Messias, o filho de Deus. Santo Agostinho nos ensina que Deus só permite o mal para que dele possa tirar um bem ainda maior. Poderíamos então concluir que do mal que representava aquela febre, com a cura emergiu um bem maior, ou seja, a revelação de Cristo como Filho de Deus.  O evangelho termina dizendo que Jesus andava por todos os lugares, rezando, pregando e curando, pois era para isto que Ele tinha vindo!
Um dia típico para nós é aquele que tomamos o café da manhã, almoçamos, jantamos, vamos estrudar ou trabalhar. Para Jesus um dia típico era aquele em que ele rezava, pregava e curava. Rezava porque TUDO o que Jesus faz, faz na presença do Pai e do Espírito. Esta intimidade, mais do que fundamental, fazia parte da essência da missão de Jesus. Jesus pregava com autoridade e na sua pregação era sempre presente o convite ao amor e a misericórdia. E Jesus curava! Um terço dos evangelhos sinóticos falam do cuidado de Jesus com os enfermos, as curas que Jesus fazia. E também nós devemos sempre rezar pelos enfermos, assim como fizeram os discípulos, comunicar a Jesus que alguém que conhecemos se encontra doente. Devemos fazer com que o Senhor saiba disso!

Quando Lázaro estava doente, Marta e Maria comunicarama Jesus:  Mestre, aquele que amas está doente. E Jesus curou Lázaro. Então, que nós também possamos dizer: Mestre, fulano de tal que amas está doente. E Jesus, que ama a todos, fará a cura acontecer.
Atormentar a Deus com a nossa fé, como fez aquela senhora lá no início do texto.
Bom domingo
pe.Gil