domingo, 12 de agosto de 2012

Novidadade bombástica: Jesus, o Pão do Céu! Nossinhora!


Novidade bombástica lida hoje em todo mundo: Jesus é o pão do céu - O Evangelho de hoje, que continua sendo o capítulo sexto do evangelista João, nos apresenta o ápice, a mensagem principal de Jesus neste capítulo. Os milhões de católicos e católicas que se dirigem a Igreja neste domingo em qualquer parte do mundo, ouvirão este evangelho que acabamos de ouvir, onde Jesus nos revela uma novidade, eu diria, bombástica: E a novidade dita por Jesus é: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente”. Gente do céu, depois de ouvir isto a gente tem que sentar, pois é algo estupendo. Jesus é o pão vivo descido do céu e quem comer Dele viverá eternamente. Nossa Senhora, isto é muito profundo.
Cinco pães e dois peixes - Há dois domingos atrás o evangelho, no comecinho do capítulo que lemos hoje,  nos relatava que Jesus estava fazendo muito sucesso com a sua pregação, e por isso arrebanhava uma grande multidão, eram milhares de pessoas. Os discípulos de Jesus ficam então preucupados pois não sabem o que fazer para alimentar tanta gente. Eis que surge um jovem com 5 pães e dois peixes e Jesus faz então um dos seus maiores e mais célebres milagres: a multiplicação dos pães. Este fato, naquele momento de fome e necessidade, extasiou ainda mais aquelas pessoas que diziam: “Oba, vamos ficar com Jesus, pois agora teremos pão garantido”.

Jesus se magoa pois pode oferecer algo maior: o pão do céu - Mas foi exatamente esta atitude da multidão que magoou profundamente o coração de Jesus. Porque? Porque a multidão o procurava por algo que era passageiro, ou seja, o pão da terra, algo que mata a fome por instantes e depois dá fome de novo. Mas Jesus tinha para oferecer algo infinitamente mais importante que é o Pão do Céu, que sustenta para a vida eterna. Ou seja, Ele mesmo. Jesus se entristece porque o povo o subestima, pensa que ele pode pouco. Mas se Eliseu, considerado um grande profeta para o povo Judeu, de 20 pães alimentou 100 pessoas, Jesus com apenas 5 pães alimenta mais de 5000. Então esta é a prova que Jesus é o maior profeta de todos os tempos. E que não devemos subestimá-lo. Ele pode muito, e quer nos dar este muito. Ele é alimento para a vida eterna.
A Vida Eterna é aqui - O que significa aqui Vida Eterna. Não significa somente a vida depois da morte. Mas neste contexto do evangelho significa a vida aqui e agora. Nesta semana, uma aluna minha me perguntou: Professor, qual é a causa final do homem. A resposta clássica para esta questão tanto para a filosofia quanto para a religião é uma só: a felicidade. O homem e a mulher foram feitos para serem felizes já aqui nesta vida. Quando Jesus fala de vida eterna ele está falando de uma vida plena, não só para depois da morte, mas para agora! Também nós não podemos subestimar Jesus. Ele quer nos oferecer muito e, por isso, não podemos nos conformar com o pouco. Aquela multidão poderia ter ganho de Jesus o essêncial, aquilo que a faria feliz. Porém, se contentaram com o acessório. Jesus podia dar a eles o pão do céu, mas eles se contentaram com o pão da terra. Vejam como a nossa mente é limitada, vejam a facilidade que nós temos em achar que nós não merecemos o melhor. Vejam a facilidade do ser humano de esperar sempre pouco e esperar sempre menos. Faltou ousadia a multidão. A solução estava ali pertinho dela e ela não percebeu. Jesus, o pão vivo descido do céu, estava ali e eles queriam pão de padaria!!! O pão por excelência estava ali e eles queriam pão para passar manteiga.!!! Deus tem muito para nos oferecer e nós não conseguimos perceber. E por que isto acontece, e a resposta é muita simples: falta-nos fé.

A obra de Deus é acreditar em Jesus - No domingo passado a multidão perguntava a Jesus o que deveriam fazer para realizar as obras de Deus. E Jesus ensinava que a obra de Deus é uma só, ou seja, acreditar naquele que Deus enviou, Jesus. Ou seja, a obra de Deus que devemos realizar é ter fé em Jesus. E se eu tenho fé em Jesus eu consigo ver a maravilha, a obra estupenda , o grande milagre que o Senhor fez, faz e continuará fazendo na minha vida. E na fé em Deus que eu vejo que a minha vida é um grande presente e que Deus me fez para ser feliz, independente da situação que eu me encontro, pois felicidade é um estado de espírito. Não tem a ver com dinheiro, com posse, com status com bens materias, felicidade tem a ver com realização pessoal enquanto ser humano, enquanto homem, enquanto mulher. Se sou uma pessoa realizada, que se encontrou, posso estar morando em uma choupana que ninguém me roubará a minha felicidade. Mas se eu não me encontrei na vida, posso morar em uma mansão, posso ter todo bem material do mundo mas a minha felicidade não estará garantida. Então, não se compare com os outros, valorize a sua vida a sua história, e assim você estará trilhando o caminho da felicidade.
O pão não é mais pão é corpo,  o vinho não é mais vinho é sangue - Jesus se dá como o pão do céu. A cada missa presenciamos este grande milagre. O pão que não é mais pão, é corpo. O vinho que não é mais vinho, é sangue do Senhor. A este grande milagre, para que possamos entendê-lo melhor a Igreja dá o nome de transubstanciação. Mas podemos entender também como transformação. Imagine uma senhora que vai no cabelereiro e sai de lá toda bonitona, o maridão vai dizer: nossa, que transformação! Aquela senhora mudou a aparência, mas continua a mesma Senhora. Na Eucaristia se dá exatamente o contrário. A aparência é a mesma, pão e vinho. O que muda é a substância. E que substância! A substância pão passa a ser substância corpo, e a substância vinho passa a ser substância sangue de Cristo. Belíssima transformação!

O nosso pai, assim como Jesus, oferece o seu corpo: Jesus quando esteve entre nós, na cruz nos deu o seu corpo, sua carne, seu sangue. Na eucaristia ele continua se oferecendo a cada um de nós: Ele diz: “Este é o meu corpo”. Existe uma outra pessoa que também dá o seu corpo: o nosso pai aqui da terra. Com a sua dedicação integral à família , com a fidelidade à esposa é como se cada pai dissesse: “Este é o meu corpo”. Minha mãe sempre dizia do meu pai: “o Tiãozinho pode ser tudo, mas nunca deixou faltar nada para a família”. Meu pai nos deu inteiramente o seu corpo, a sua vida. Talvez hoje seja um belo dia para você admirar o corpo do seu pai, as marcas que ele traz nas mãos, talvez calejadas,  as marcas que ele traz no rosto. A você que não tem mais o seu pai aqui na terra, saiba que no céu ele continua torcendo por você, pelo seu sucesso e pela sua felicidade. Saiba que, independente de qualquer outra coisa, ele dedicou a própria vida por amor a você. Ao contemplar, abraçar e beijar o seu pai hoje, contemple toda uma vida dedicada à você , aos seus irmãos, à sua mãe. E o mais bonito de tudo é isto: do amor imperfeito do seu pai, você pode imaginar o amor perfeito de Deus, que Jesus Cristo nos ensinou a chamar de PAI.

Pe. Gil, scj.

sábado, 7 de julho de 2012

O Acontecimento que não Aconteceu...


A Missa - A missa é um dos tesouros mais preciosos que Jesus nos deixou. A vida de Jesus foi uma missa vivida, pois Ele sempre explicava a Palavra de Deus e partilhava o pão. Assim foi na última ceia e em tantas outras ocasiãos que Jesus estava com os seus discípulos e o povo. E isto acontece hoje, agora, nesta missa e em todas as missas. Estamos agora partilhando a Palavra de Jesus e daqui a alguns momentos vamos partilhar o pão. E, ouvindo a Palavra do evangelho de hoje, podemos nos perguntar. Quem é Jesus para mim? É apenas uma palavra, uma idéia, um conceito, uma tradição vazia, ou Jesus é realmente um acontecimento na minha vida? Um evento? Um acontecimento que marcou o meu coração para sempre.
O Acontecimento - Me lembro que quando eu tinha 10 anos de idade, participei de um Festival de Teatro lá em Varginha, minha cidade natal. A peça chamava-se “O Palhaço do Planeta Verde” e eu era o palhaço, que se chamava Verdinho. A minha escola concorria com várias outras e, coisa que nós não espéravamos, até porque era um Festival muito concorrido, a minha Escola venceu como melhor peça teatral, e eu ganhei como melhor ator. E aquilo na minha vida foi um acontecimento. Eu tenho certeza que vc também tem um acontecimento assim na sua vida. Eu ganhei uma medalha, minha primeira medalha que eu até trouxe aqui para vocês verem para falar que eu não estou mentindo. Olhem aqui. Foi um acontecimento em minha vida que eu nunca mais esqueci. Acontceu a 34 anos atrás e eu lembro até hoje, com detalhes. É de um acontecimento deste tipo ou até mais forte que este que deveria ser a nossa relação com Deus. Você se lembra de quando Jesus entrou em sua vida, para valer? Porque se isto aconteceu, você nunca mais esquecerá.
Domingo do Acontecimento que não aconteceu - O domingo da missa de hoje poderia ser chamado o Domingo do Acontecimento que não aconteceu. Explico porque: Jesus estava começando a sua vida pública e estava tendo muito sucesso e amealhando fama em toda a região. É chegada a hora então de retornar à Nazaré e revelar aos seus conterraneos que ele era o Filho de Deus, o Messias prometido. Jesus entra na Sinagoga e lê um trecho do livro do profeta Isaías que narrava os fatos que aconteceriam quando o Messias se revelasse ao mundo: a libertação dos pobres e a evangelização deles; os cegos recobrariam a vista e seria então proclamado um ano da graça do Senhor.
Imaginemos a grande alegria no coração de Jesus. Retornar à sua casa, ao seu povo, aos seus parentes e dar a eles esta notícia espetacular, a notícia da libertação! Mas, para a frustração de Jesus, nada acontece...ninguém o reconhece como Filho de Deus, muito pelo contrário, as pessoas começam a criticá-lo, a menosprezá-lo, o que é pior, a colocar em dúvida as suas palavras: Como ele , um carpinteiro que nasceu aqui pode fazer milagres? Não é ele o filho de Maria, seus parentes não moram aqui? Quem ele pensa que é? O povo é tomado por uma admiração e não aceita Jesus. Jesus também fica admirado da falta de fé deles, e diz uma frase que se tornou célebre: Um profeta só é desprezado em sua pátria, que hoje se equivaleria a: casa de ferreiro, espeto de pau.
E o Evangelho termina dizendo que Jesus não pôde realizar alí nenhum milagre, a não ser curar alguns enfermos. Jesus sai de sua cidade natal, da cidade que mais amava, com muita dor no coração, se admirarando  da falta de fé do povo. Jesus estava trazendo para o seu povo a mais bela notícia que alguém podia dar: “Um ano de graça do Senhor”, mas as pessoas por falta de fé não acreditaram. Prefiriram se ater nos aspectos exteriores e deixaram a graça passar. Naquele dia o povo de Nazaré perdeu um ano cheio de graça do Senhor, simplesmente porque não tiveram fé em Jesus, não o reconheceram como o verdadeiro filho de Deus.
Santo Agostinho dizia uma frase que serve muito para nós neste domingo. Ele dizia: “Tenho medo de Jesus que passa...”, qual a causa do medo de Santo Agostinho? É Jesus passar e não reconhecé-lo como filho de Deus. O povo de Nazaré não reconheceu Jesus porque ele veio muito simples, muito pobre. Imagine se aquilo era um Messias que se apresentasse. Eles queriam um Messias poderoso que fizesse e acontecesse. Julgando Jesus pela aparência, esqueceram da essência, que é aquilo que conta. Talvez Jesus passe hoje por nós, e nós não o reconhecemos, porque ele vem na simplicidade. E isto nos ajuda a entender que Jesus é um Deus próximo.
Domingo da Proximidade - Este além de ser o Domingo do Acontecimento que não aconteceu, poderíamos chamá-lo também de o Domimgo da Proximidade. Jesus, retornando a sua cidadezinha natal nos mostra que é um Deus próximo. Um Deus que está conosco, de fato, Emanuel. Que a proximidade de Deus em nossa vida não faça com que nós o consideremos invisível. O ar que respiramos é muito próximo a nós. E é necessário. Sem ele morreríamos em alguns minutos. Assim é Deus. Ele é como ar. Tão próximo, tão junto a nós, que às vezes não damos a mínima para Ele. Mas quando a vida fica difícil, Jesus é o oxigênio que precisamos para passar pelos momentos difíceis. Estamos imersos, mergulhados na presença de Deus em nossa vida, mas ao mesmo tempo corremos o grande risco de não perceber esta grande GRAÇA.
Domingo da Fragilidade - Porque Jesus mostrou-se aparentemente fraco, os nazarenos não o aceitaram. Na segunda leitura de hoje, Paulo reclama ao Senhor do seu espinho na carne, certamente um pecado, uma falta que ele queria muito se livrar, mas volta e meia caia de novo, e Deus então conforta Paulo dizendo: “Paulo, basta-te a minha graça. É na fraqueza que a força se manifesta”. “Quanto eu me sinto fraco, aí é que sou forte”, descobriu Paulo. E eis que este domingo poderia também chamar o Domingo da Fragilidade. Na fragilidade de Paulo, se revela a força e a graça de Deus. Na fragilidade de Jesus de Nazaré, aquele homem tão comum que chega a sua cidade e é rejeitado pelo povo, nesta fragilidade de Jesus se revela a força do filho de Deus. Conclusão: nossa fragilidade é campo para que a graça de Deus possa se manifestar e impulsionar a nossa vida.
A fé que move Deus - O Evangelho termina dizendo que Jesus não pôde fazer quase nada em Nazaré. A falta de fé do povo impediu que o Ano da Graça acontecesse ali. O que isto nos ensina? Nos ensina que é a nossa fé é que move Deus. A nossa fé move o poder de Deus. Sem fé nada feito. Mas aqui o desafio não é querer um Deus do nosso gosto, como queriam os Nazarenos ao rejeitarem Jesus. Ter fé é respeitar Deus assim como ele é . Aceitar Deus assim como ele se apresenta a nós. Não diminuir Deus fazendo-o à nossa medida. Que a nossa fé seja o verdeiro combustível para a nossa vida!
Pe. Gil, scj

domingo, 1 de julho de 2012

Pedro, Paulo, o Papa e Nós! Yes, Feliz por ser Católico!



Em 1600 quando Lutero sai da Igreja Católica para fundar uma outra Igreja, a protestante, ele e seus seguidores deixam para trás uma grande parte do tesouro espiritual que a humanidade havia herdado. Entre estres tesouros está o pastoreio do Papa como sucessor do Apóstolo Pedro e cabeça de toda a Igreja Católica. Uma sucessão apostólica que data de mais de 2000 anos, e que nos permite afirmar que o Espírto Santo conduz a Igreja e confirma o Papa como aquele que guia a Igreja tal como Pedro, Igreja de resto fundada por Jesus. E aqui já existe uma diferença abissal entre a Igreja Católica e as outras Igrejas. Enquanto a Igreja católica é fundada por Cristo, tendo o apóstolo Pedro como o primeiro Papa, as outras Igrejas vieram 1600 anos depois e foram fundadas não sobre Pedro, mas sobre Martinho Lutero. Tanto é verdade que a primeira Igreja Protestante ficou conhecida também como Igreja Luterana, justamente porque fundada por Lutero.Ao celebrarmos hoje os apóstolos Pedro e Paulo, colunas da Igreja, celebramos automaticamente o dia da Igreja, o dia do católico, celebramos a nossa catolicidade. Ueba!
Quando alguém vai á Roma e chega a Praça São Pedro, onde fica o Vaticano, dá de cara com duas grandes esculturas na frente da Basílica de São Pedro. Se não me engano à esquerda está Pedro com a chave na mão e à direita está Paulo com a espada. A escultura de Pedro já nos fala muito do evangelho que acabamos de ouvir. Jesus escolhe Pedro como o líder dos apóstolo. Jesus funda a sua Igreja sobre ele. Em Hebraico o nome Pedro é feminino assim como o nome Pedra, e Jesus faz então um jogo de palavras dizendo: Tu és Cefas (Pedro) e sobre esta Cefas (pedra) eu edifico a minha Igreja. E porque Jesus funda a Igreja sobre Pedro? Porque Pedro traz consigo algo essêncial para que Jesus confiasse nele para fundar a sua Igreja. Este algo essêncial é a sua fé.

Pedro é sobretudo um homem de fé. É por isto que ele é o primeiro a reconhecer Jesus como o filho de Deus vivo. Na sua fé ele reconhece Jesus como o filho de Deus. E aqui está o ponto fundamental: Mas como pode Jesus confiar na fragilidade de Pedro e confiar a ele um tesouro tão precioso como a Igreja? A resposta está no próprio evangelho de hoje: Quando Pedro dá aquela bela resposta a Jesus dizendo que ele é o Messias, o próprio Cristo diz: Feliz és tu , Simão, porque não foi o humano que te revelou isto, mas o meu Pai que está no Céu. Então, somente na medida em que Pedro estiver na graça e movido pelo Espírito e que a Igreja estará salva e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela.
Dali a pouco, para a nossa surpresa, neste mesmo capítulo do evangelho, Jesus chamará Pedro de Satanás, ou seja, dá uma bordoada em Pedro. A situação é a seguinte: Jesus estava explicando a sua missão aos discípulos dizendo tudo o que ia acontecer, inclusive a sua morte de cruz. Pedro então, assustadíssimo diz: “Senhor, que Deus nunca pernita que isto aconteça”. E aqui Pedro estava falando, não da parte de Deus, mas da parte dos homens, por isso Jesus diz que ele agora esta sendo também pedra, mas de tropeço, de escândalo. Então, quase em um mesmo momento , à diferença de alguns versículos, vemos Pedro, que quando se abre a Graça de Deus, é exaltado por Jesus, mas quando deixa somente o humano falar, está da parte de satanás.

Queridos irmãos e irmãs, eis aqui a tragédia humana. A Igreja Católica é feita de homens e mulheres. A Igreja é Santa e Pecadora. É santa todas as vezes que nos abrimos a Graça de Deus, deixamos Deus falar e é pecadora quando abandonamos esta graça e vivemos somente no humano, e ali que o inimigo nos ataca. Também em nossa vida é assim, basta eu me afastar da Graça de Deus para cair nas armadilhas do mundão.
Quando Jesus dá as chaves da Igreja para Pedro, significa que, aquilo que Pedro abre, ninguém mais pode fechar. E aquilo que Pedro fecha, ninguém mais pode abrir. Pedro é o Chefe da Igreja. Depois que Pedro morreu, começou a sucessão Petrina, a sucessão dos apóstolos, e veio Lino, depois que Lino morreu veio Anacleto e esta sucessão atravessou dois mil anos até chegar hoje no nosso querido Papa Bento XVI. Hoje, para nós católicos, a chave da Igreja está com ele.

E porque Paulo traz na mão a espada? Primeiro, porque foi por ela que ele morreu. Diz a tradição que Paulo foi decapitado, diferentemente de Pedro que morreu na tortura da cruz, sendo crucificado de cabeça para baixo. Paulo teve a regalia de ter só a cabeça cortada porque era cidadão romano. Mas a espada de Paulo significa também que ele foi um guerreiro da evangelização: “Combati o bom combate” dizia ele, o combate da evangelização, a missão de inaugurar aquilo que nós chamamos hoje de cristianismo. Então o nosso Papa Bento XVI sintetiza em si, a chefia da Igreja, que vem de Pedro e o ardor missionário, que vem de Paulo. Eis porque devemos sempre rezar pelo Papa.
A imprensa brasileira trouxe com um certo estardalhaço esta semana a notícia que, segundo o último senso, está diminuindo o número de católicos no Brasil. Se ha dez anos atrás éramos 73 por cento da população hoje somos 64, ou seja, uma queda de quase 10 pontos. Os estudiosos dizem que , ao continuar assim, daqui a três décadas a maioris dos brasileiros será protestante. O que o Papa diz disto? O Papa diz que a Igreja Católica não é e não deveria ser uma instituição massificada. O perfil da Igreja, segundo o Papa, deve ser aquele de uma minoria criativa, isto é, poucos , mas bons, fermento na massa. O católico é aquele que faz a diferença onde está. Seja em casa ou na rua. Católico não praticante não existe, ou a pessoa é católica e vai á missa, comunga, segue o Papa, ama Maria, faz caridade, tem Cristo como centro da sua Igreja, ou não é. Enfim, é feliz por ser católico.

O teólogo italiano Raniero Catalamessa afirmava: “O católico que nega a Igreja é como se negasse a própria mãe, pois foi a Igreja que o gerou para a vida espiritual, com o batismo , o sacramento e a palavra de Deus”. Talvez inspirado em São Cipriano que dizia: “Não pode ter Deus por Pai, quem não tem a Igreja como mãe”. Santa Tereza d’Ávila quando fortemente atacada pelo inimigo e fortes tentações dizia para si mesma: “Eu sou filha da Igreja”. E Santo Agostinho numa felíssissima intuição declarou: “Assim como a luz reflete a luz do sol, a Igreja reflete a luz de Cristo”.
Celebrando o dia de Pedro e Paulo, celebramos o dia da nossa catolicidade, o dia da Igreja. Igreja Santa e Pecadora. É Santa quando vive na graça de Deus, pecadora quando se afasta dele. Igreja Santa e Pecadora que busca a purificação na Cruz de Jesus.

Pe. Gil, scj


domingo, 10 de junho de 2012

Santuário São Judas, Folha de S. Paulo e Reginaldo Manzotti






Cerca de 2.000 pessoas lotam o Santuário São Judas Tadeu, no bairro do Jabaquara, em São Paulo, em uma missa numa sexta à noite. Bancos e corredores estão ocupados enquanto um sacerdote paranaense, de uma paróquia de Curitiba, conduz a celebração.

Na trilha dos padres Marcelo Rossi e Fábio de Melo, Reginaldo Manzotti, 43, é cantor e já vendeu mais de 800 mil cópias de sete CDs e dois DVDs. Gravou o terceiro no mês passado, na igreja da Candelária, no Rio. Vendeu também 800 mil exemplares dos seis livros que escreveu. Seus discos são distribuídos pela Som Livre, braço musical da Globo, o que lhe garante espaço nos intervalos comerciais da rede. Ele cantou ainda com o grupo de pagode Exaltasamba no DVD de 20 anos da banda.

Uma vez por mês, o padre desembarca na capital paulista para celebrar missa na igreja de São Judas. Ele dirige duas rádios e duas emissoras de televisão no Paraná e apresenta programas retransmitidos para todo o país. Em São Paulo, está no ar em dois canais abertos: Gazeta e RedeTV!. A primeira exibe sua atração, "Sinais do Sagrado", no início da madrugada, horário tradicionalmente ocupado por igrejas evangélicas. "Eu tenho sérios problemas com uma teologia barata, pregações equivocadas e um curandeirismo que está havendo", diz ao repórter Diógenes Campanha.

"Você não pode educar com uma fé superficial. Porque o capeta tá ganhando espaço." É uma crítica aos pregadores que culpam o demônio pelos insucessos dos fiéis e à transmissão de exorcismos por pastores na TV. "Tudo é o capeta. E a cruz do redentor, não tem força?"



Alguns fiéis exibem, na missa, camisetas com a foto do padre. "Eu era eminentemente contra isso. Mandava recolher." Mudou de ideia após conversar com um teólogo "muito inteligente".

"Ele me disse: 'Já parou pra pensar que o M antes era Maria e agora é McDonald's?. É a inversão dos símbolos. Louve a Deus que tem uma camiseta com a foto de um padre e não um dragão, uma banda de rock aloprada'." O padre faz uma ressalva ao relembrar a história: "Apesar de eu não ser contra o rock. Gosto de Guns N'Roses, de Pink Floyd". Ganha um DVD do Guns de Gabriel Araujo, 12, que auxilia na organização da missa em São Judas.



"Você vai ser padre?", pergunta Manzotti ao garoto. "Se Deus quiser", responde o menino, que diz ajudar também nas celebrações do padre Marcelo Rossi. "Não sai do caminho e se cuida, caboclo." A idade de Gabriel é a mesma que Manzotti tinha quando entrou para o seminário. Nascido em Paraíso do Norte, noroeste do Paraná, caçula dos seis filhos de um comerciário que beneficiava arroz e soja e de uma dona de casa, ele diz que teve "o estalo" influenciado por "um padre que me marcou muito" e por ter estudado em um colégio de freiras vicentinas.



No seminário, trocou as "regalias" de casa por um regime disciplinado estabelecido por padres alemães. Andava um quilômetro para ir à escola, só podia assistir ao "Jornal Nacional" e tinha que fazer anotações em uma caderneta para comentar as notícias. E enfrentou a chegada da puberdade.

"Claro que entrei em crise, porque você vive o despertar da sua sexualidade. De repente, começa a pensar: 'Será que eu não quero casar?'.

Crises sérias foram três." Uma delas, já em Curitiba, para onde se mudou para cursar filosofia, antes de se ordenar padre. "Tive uma grande paixão, avassaladora, a ponto de eu pensar em sair do seminário. Mas não daria frutos, e depois a gente entrou num consenso." Diz que não chegaram sequer a namorar. "Não no conceito que você tem de namoro. No coração, era; mas efetivamente, não."

O padre diz que a sexualidade faz parte do sacerdócio. "A igreja, inclusive, não aceita ninguém assexuado. O importante é como você canaliza, lida com a sexualidade." Conta que evita ter "amizade muito estreita" com mulheres e que só visita casais se os dois estiverem em casa.

"Você olha uma mulher, acha bonito. Oxe, Deus deu os olhos pra quê? Viu? Tá. Mas entre você achar bonita e pedir o telefone, passar mensagens, descobrir o e-mail... Aí já é alimentar fantasias, emoções que vão te tirar do caminho."



Antes da missa em São Judas, uma assessora tira da mala a bagagem do sacerdote: um terço, a Bíblia, os trajes para a celebração e uma toalha branca com o nome "pe. Reginaldo" bordado.

Quando celebra missas país afora, ele normalmente não leva banda, apenas sua assessoria de imprensa. "Sempre viajo com dois: um homem e uma mulher." Questionado sobre o motivo, devolve: "Por quê? Por quê?". O repórter pergunta se é porque "as pessoas falam" e ele assente com a cabeça.

O padre não vê relação entre o celibato e a existência de homossexuais nos quadros da igreja. "Se fosse assim, a igreja seria a única entidade que teria homossexuais, e sabemos que não é. No seminário se cuida muito para que o celibato não seja um lugar de fuga para a homossexualidade. A igreja é cada vez mais rigorosa com isso."

Considera a homossexualidade um tema "em aberto" e "delicado". "Eu acredito que não é um assunto em que você possa dizer 'estão todos condenados, vão todos pro inferno'. Acho que vamos ter muitas surpresas no céu." E compara a questão a um pêndulo. "Da repressão, estamos indo para o outro extremo, uma liberalidade. Eles mesmos [os gays] estão se dando conta de que há exageros, não precisa ser assim. Acredito que vamos caminhar para um equilíbrio."

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vigília para a Festa do Sagrado Coração de Jesus



Abertos à universalidade do Coração de Cristo


INTRODUÇÃO

 “A festa do Coração de Cristo é um convite a toda a Igreja, particularmente a nós, Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, para nos abrirmos ao amor de Deus revelado no seu Filho. Ele veio partilhar a nossa humanidade e trazer-nos o dom do Espírito que nos transforma à sua imagem, tornando-nos participantes da sua própria vida e promotores de uma humanidade nova, conforme o projeto do Pai… Que o Senhor Jesus escute a nossa prece, acompanhe a nossa reflexão e abra o nosso coração às dimensões do seu amor, para continuar a renovar o nosso serviço ao seu Reino em todo o mundo”. (Da carta do Superior Geral e seu Conselho para a festa do Coração de Jesus - 2012).
(Cântico)

Presidente: Adoremos a Jesus Cristo presente no sacramento da Eucaristia, contemplemos o seu amor e a sua misericórdia universais. Oremos e digamos:

 Refrão: Nós vos bendizemos e adoramos!

Coração de Jesus, Verbo eterno do Pai, Filho da Virgem Maria, Rabi da Galileia dos gentios, da Samaria e da Judeia, R.

Coração de Jesus, Cordeiro imolado, oferecido em amor, Redentor da humanidade, R.

Coração de Jesus, Bom Samaritano da humanidade, sempre próximo dos caídos e carenciados, R.

Coração de Jesus, Amigo dos estrangeiros, dos marginais e dos pecadores, R.

Coração de Jesus, Defensor dos pobres, dos oprimidos, dos refugiados, dos humildes, R.

Coração de Jesus, Amigo de todos os homens e mulheres, Messias e Salvador do mundo, R.

Coração de Jesus, Libertador dos nossos egoísmos, dos nossos preconceitos, das nossas escravidões, R.

Coração de Jesus, Mediador universal sempre vivo a interceder por nós, R.

(Tempo de silêncio)

 LITURGIA DA PALAVRA : I LEITURA
Assim como Deus inspirou o alento na primeira criação, assim o sopro do Espírito cria o homem novo. O Espírito Santo está presente e atuante na Igreja, que tem a missão de fazer de todos os povos um só povo, o novo povo de Deus. A barreira das línguas, ou quaisquer outras, não podem impedi-la de levar o Evangelho ao mundo inteiro.

Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos (2, 1.4-8.12)

Quando chegou o dia do Pentecostes, todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem. Residiam em Jerusalém judeus piedosos provenientes de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou estupefacta, pois cada um os ouvia falar na sua própria língua. Atónitos e maravilhados, diziam: «Mas esses que estão a falar não são todos galileus? Que se passa, então, para que cada um de nós os oiça falar na nossa língua materna?  Estavam todos assombrados e, sem saber o que pensar, diziam uns aos outros: «Que significa isto?»  Palavra do Senhor.

Leitura das Obras Espirituais do Venerável P. Dehon.
O Espírito Santo é um laço de amor. Do mesmo modo que une Nosso Senhor ao seu Pai, une-nos a Ele e quer unir-nos entre nós. É o laço mais estreito. Fortifica em nós o amor, para o tornar obediente e dedicado, da nossa parte, misericordioso e generoso da sua. É um laço de amizade e de suave intimidade. É a fonte de toda a alegria pura e verdadeira: “Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa” (Jo 15, 15). É fonte de vida, como a seiva para as árvores, e torna-nos fecundos em frutos de salvação. Esta união abre-nos o Coração de Jesus e dispõe-no a conceder-nos tudo quanto lhe pedirmos: “tudo o que pedirdes ao Pai, Ele vo-lo concederá” (Jo 15, 16). Atrai sobre nós graças de salvação e de bênção para os nossos trabalhos. (OSP 3, ASC, p. 590)

Salmo responsorial - Salmo 103 (104).

 Refrão “Mandai, Senhor o vosso Espírito e renovai a terra.

A minha alma glorifica o Senhor,meu Deus, como vós sois grande!Os vossos feitos são incontáveis, encheu-se a terra com as vossas criaturas. R.
Retirai-lhes o alento e logo expiram,e ao pó donde vieram elas voltam; De novo o concedeis e as recreais, e renovais a face da terra. R.

Glória a Deus para sempre!Ele se alegra nas suas obras; Seja-lhe agradável o meu hino, e terei alegria no Senhor. R.
Oremos: Deus eterno e omnipotente,
que no fulgor do Sinai destes a Moisés a antiga lei
e no Pentecostes manifestastes no fogo do Espírito a nova aliança,
concedei que sempre nos inflamemos no mesmo Espírito,
que admiravelmente derramastes sobre os Apóstolos e,
como novo Israel congregado de entre todos os povos,
recebamos com alegria o mandamento eterno do vosso amor
e o testemunhemos diante de todos os homens.
Por Cristo, Senhor nosso. Ámen.

(Tempo de silêncio).

 EVANGELHO
Sabemos que Jesus pregou, sobretudo, entre os judeus. A notícia de Mateus realça a missão universal: o Evangelho será pregado no mundo inteiro. O próprio Jesus deixa a sua terra e vai pregar aos pagãos. A todos anuncia a Boa nova e liberta dos males e doenças. Aos que acolhem a Palavra, junta-os na nova comunidade, que vive em forte comunhão, aberta à universalidade.

 Leitura do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus (4, 13. 23-25)
Jesus, tendo abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaúm, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulão e Neftali. Depois, começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades. A sua fama estendeu-se por toda a Síria e trouxeram-lhe todos os que sofriam de qualquer mal, os que padeciam doenças e tormentos, os possessos, os epilépticos e os paralíticos; e Ele curou-os. E seguiram-no grandes multidões, vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e de além do Jordão. Palavra da salvação.

 Da carta do Superior Geral e seu Conselho
A abertura ao outro e ao diferente, que leva à universalidade, tem um modelo radical em Cristo, Filho de Deus, feito membro da nossa humanidade… O Verbo de Deus era radicalmente estranho à nossa cultura e ao nosso ser como homens, mas obediente à vontade do Pai – Eis que venho para fazer, ó Deus, a tua vontade (Eb 10,7) – aboliu a distância e a condição de estranho. Ele, ainda que permanecendo sem mancha, assumiu a nossa própria condição, submetida à fraqueza e ao pecado. Até no sofrimento e na morte, permaneceu fiel a nosso lado. Aprendeu o drama da humanidade assumida e tornou-se, para aqueles que o seguem, fonte e modelo de obediência ao projeto do Pai e primogénito da humanidade reconciliada (cf. Eb 5,7-10). Tornando-se homem, Cristo "esvaziou-se a si mesmo" (Fil 2,7), mas não abdicou da sua condição de Filho de Deus. Na sua incarnação, aprendeu a realizar o seu ser Filho numa vida de homem, membro de um povo e de uma cultura humana. Assim, o Filho de Deus e Filho do homem inaugurou um novo modo de convivência entre os homens, abrindo-lhes um caminho de acesso à vida de Deus… Formados na espiritualidade do Coração de Cristo, encontramos no mistério da incarnação e no dom do espírito do Ressuscitado a raiz e o modelo da nossa comunhão e da nossa missão.

Refrão: Senhor Jesus, queremos aprender convosco a ter um coração aberto,
um coração disposto a amar sempre. R)

Senhor Jesus, queremos ter fome e sede de um coração bom, para amar sempre, amar mais, ser testemunhas do amor. R)
Senhor Jesus, precisamos de audácia e tenacidade
para ultrapassar a discórdia e a desunião, a solidão amarga e sofredora,
e vivermos em comunhão. R)

Senhor Jesus, queremos construir a civilização do amor, ser homens e mulheres de coração rasgado, disponível, generoso. R)
Senhor Jesus, queremos ser “um evangelho vivo”
para que o mundo conheça o teu projeto de salvação,
e se torne melhor e mais digna habitação de todos os homens. R)

Oração
Senhor Jesus Cristo,
Filho muito amado do Pai,
que revelastes aos povos a Boa Nova da salvação,
dai-nos um coração semelhante ao vosso,
um coração manso e humilde,
um coração aberto e disponível,
um coração capaz de cooperar,
generosa e alegremente,
na construção da nova humanidade,
da civilização do amor.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
R) Amen.

 (Tempo de silêncio)
ORAÇÃO UNIVERSAL E BÊNÇÃO EUCARÍSTICA

Oração universal

Presidente:
Irmãos (e Irmãs), a contemplação do Coração aberto do Salvador, donde brota o Espírito para toda a humanidade, é fonte do amor oblativo e inspira-nos atitudes universais, na fidelidade à nossa herança carismática, à Igreja e ao mundo de hoje. Oremos e digamos:

Refrão) Ouvi-nos, Senhor.

Pela Igreja, em cuja vida inspirada pela Evangelho encontramos o fundamento da dimensão universal da nossa vida como dehonianos, para que, confessando a sua fé em Jesus, Filho de Deus, leve a todos os povos a Boa nova da salvação, oremos, irmãos. R.
Pelos bispos, presbíteros e diáconos,
para que, como Paulo, sintam a urgência de anunciar o Evangelho a todos os povos e contribuam eficazmente para a abolição das diferenças e exclusões entre os que foram integrados em Cristo, oremos, irmãos. R.

Pelos responsáveis da justiça e da paz entre os povos e nações,
para que, reconhecendo a multiculturalidade do mundo atual,
promovam o respeito pela igual dignidade de todos os homens e mulheres,  redimidos por Cristo e regenerados pelo Espírito, oremos, irmãos. R.

Pela Congregação, para que, vivendo a espiritualidade do Coração de Cristo, encontre no mistério da incarnação e no dom do espírito do Ressuscitado a raiz e o modelo da nossa comunhão e missão, oremos, irmãos. R.

Pela Congregação, para que, num tempo de grandes mudanças, a exemplo do Padre Dehon, saiba ultrapassar fronteiras, limites e dificuldades, e encontre novos impulsos para a sua missão universal e intercultural na Igreja e no mundo de hoje, oremos, irmãos. R.

Oremos:

Senhor, amigo dos homens, derramai sobre nós a graça do Espírito Santo e fazei que, vivendo de maneira digna a vocação a que fomos chamados, demos aos homens o testemunho da caridade, e trabalhemos confiadamente, com todos os nossos irmãos, para que todos os homens e todos os povos formem um só povo, unido pelo vínculo do amor e da paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

Tantum ergo (Tão Sublime)

Bênção eucarística
Cântico final



                          





                     





segunda-feira, 21 de maio de 2012

O mal, o horror, o horror


Fiquei de queixo caído ao ler no jornal italiano Corriere della Sera (17.05) que na cidadezinha de Brindisi, localizada ao sul da Itália, alguém deixou uma bomba preparada para explodir rente ao muro de uma escola. No exato momento em que os alunos chegavam à escola, o artefato explodiu, matando uma menina (foto acima) e deixando uma outra gravemente ferida com queimaduras em 90% do corpo. Melissa Bassi, a garota que morreu, tinha apenas 16 anos e a vida inteira pela frente...

O fato acima, infelizmente, é apenas um exemplo dos milhares que poderíamos chamar “o triunfo do mal no mundo”. Em momentos assim a nossa fé vacila e perguntamos: mas onde está Deus? Pergunta, de resto, feita pelo nosso amado Bento XVI ao visitar Auschwitz, campo de concentração nazista onde mais de um milhão de judeus foram assassinados: “Onde estava Deus nestes dias? Por que Ele ficou em silêncio? Como pôde tolerar esta destruição, este triunfo do mal?” indagava o Papa para fazer logo em seguida um apelo ao Deus vivente para que semelhante coisa não voltasse a acontecer.

A presença do mal e do sofrimento no mundo junto à presença de um Deus Amoroso e Onipotente leva Tomás de Aquino a considerar o poder da força do mal como o argumento mais forte daqueles que não acreditam em Deus: “Se Deus existisse não haveria nenhum mal. Ora, encontra-se o mal no mundo. Logo, Deus não existe”, pensam eles. Para convencê-los da providência de Deus no mundo, não obstante a presença do mal e do sofrimento, Tomás explica utilizando-se do pensamento de Santo Agostinho: “Deus, soberanamente bom, não permitiria de modo algum a existência de qualquer mal em suas obras, se não fosse poderoso e bom a tal ponto de poder fazer o bem a partir do próprio mal”. E Tomás conclui: “Assim, à infinita bondade de Deus pertence permitir males para deles tirar o bem”. Ou seja, o mal não tem substância em si mesmo, não tem uma existência autônoma; é como se o mal dependesse do bem para existir, pois, como explica São Tomás, o mal na verdade é uma privação, assim como a cegueira é a falta de alguma coisa no olho. Tomás tentará aprofundar esta explicação ao longo de suas obras, mas em linhas gerais é esta a resposta que ele dá.

Será que a explicação filosófica acima é capaz de responder ao homem quando este se depara com o sofrimento e o mal em suas formas mais variadas, crueis e absurdas? Eu penso que não. Para algumas situações limites da vida onde tudo parece ruir, onde o chão parece faltar sob os nossos pés e o teto cair sobre a nossa cabeça, resta-nos somente a fé e a confiança em Deus; quando o mal parece dominar é preciso manter no coração a certeza de que Deus está no comando do nosso barco á deriva. Devemos conservar a firme convicção que as forças do bem são mais fortes que a do mal. Enfim, se convencer que o sofrimento é apenas uma vírgula na existência humana. O ponto final quem coloca é Deus, o sumo bem, com a sua providente misericórdia.

A um soldado nazista que perguntava zombeteiro a um prisioneiro onde estava o seu Deus, já que dali a um momento ele seria enforcado, o prisioneiro respondeu: “Está ali, na forca, sofrendo junto comigo...”. Com certeza, assim como nós, Deus chora por Melissa.

pe.Gil

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Evangelho do Dia com pe. João carlos, scj.

Durante esta semana temos ouvido sobre a videira os ramos, de todo aquele que esta ligado a videira dá frutos. Aquele que escuta a sua palavra permanece em Deus e Deus nele. São palavras de conforto e de alerta. Quem nos une e o Espírito e nos move a observar os mandamentos de Deus. Por isto a observância dos mandamentos é a raiz e o fruto de toda fecundidade. Assim sendo permanecer nos reporta uma relação de afeto e amor para com Deus. Por isto nossa fé é expressa pelo amor e o amor pela nossa fé.