sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta-feira Santa, com pe. Herculano, scj


A presença do outro é fundamental em nossas vidas. Quando o Senhor resume  a Lei no mandamento do amor a Deus e ao próximo,   o  outro  tornou-se insubstituível em nossas vidas. O próprio Senhor é a presença visível desta lei. O próprio Paulo  chegou a esta experiência afirmando: A lei agora é Cristo.

O Senhor leva  a Lei mosaica a suas últimas conseqüências quando na quinta feira santa Ele se torna a medida da lei: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei, e mais, não há maior amor do que dar sua vida por seus amigos, vós sois meus amigos.

A psicologia humanista de cunho personalista vem colaborar conosco enriquecendo e confirmando a mensagem evangélica do amor. Muito mais que uma lei, amar é uma necessidade fundamental. O doar-se ao outro que é a característica principal do amor segundo o Evangelho de Jesus não é  uma atitude fria de abordagem pessoal, ao contrário, o gesto oblativo se expressa  na ternura, na alegria e no acolhimento da pessoa abordada.

O afeto é essencial ao ser humano, sem ele comprometemos  o nosso futuro e o futuro dos outros. Grande parte dos desequilíbrios das pessoas adultas decorre do excesso ou  da ausência de afetividade durante a infância ou adolescência.

A presença do outro em nossas  vidas é essencial ao processo humano. O outro com suas qualidades e misérias é fundamental para que aconteça a maturidade humana.  Pessoa que se isola do convívio humano perde o contacto com a realidade entrando em decadência, comprometendo seu crescimento pessoal.

O equilíbrio pessoal passa pelo fenomeno da convivência interativa, que não só impulsiona o crescimento de cada dialogante como também a compreensão histórica de cada  processo humano. È convivendo com os homens que nos tornamos mais humanos. E por outro lado é convivendo com Cristo,  apaixonados por ele, é nos tornamos divinos dentro dos limites e da contingência humana.

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